Acabo de passar um final-de-semana
indescritível. Eu fui com o meu amor para uma chácara afastada de tudo. Foi
como se estivéssemos em um universo paralelo. Eu, definitivamente, precisava
disso.
Como falei nas últimas postagens, as coisas
andam bem intranquilas na minha cabeça, no entanto não vem ao caso lembrar
disso agora. Resolvi passar aqui para registrar esses dias.
Eu fiquei muito feliz porque estava entre
iguais, entre pessoas que não são iguais. Eu durante esses dias pensei sobre
aquilo, sobre a loucura desse mundo que separ pessoas, mas que estas encontram
estratégias para driblar os constrangimentos. Isso me dá menos medo. Ver que há
pessoas iguais amim e que há ainda aquelas que não reforçam o tolhimento de
existir exercido por outros que se acham os donos da 'verdade'. Estou falando
laconicamente porque ainda estou aprendendo a ser do segundo tipo de pessoa.
Foi para isso que também resolvi investir na Estrada. Não quero ter de me
esconder como medo ou vergonha de ser quem eu sou, com todas as minhas
peculiaridades.
Eu me sinto - ao contrário da outra
postagem - feliz por estar vivendo as coisas que estou vivendo. Eu, como neste
momento, penso não ser clara a minha razão de estar nesta vida, mas, ao mesmo
tempo, sinto que estou aqui para viver; viver, sabe, para aprender bastante.
Para quê? Não sei. Eu não sei de nada, mas vou andando, seguindo realmente as
minhas metáforas. Ser quem eu sou. E eu nem sei tão bem assim quem
eu sou. Também não sei quem sabe, não é.
Agora estou no ônibus, indo para o hotel.
Segunda-feira volta tudo ao normal. É tão esquisito saber que este
"normal" é mais um pedaço de algo não concreto do qual depende, em
tese, a minha vida. Hoje estou ainda no meu universo paralelo. Que bom.
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