domingo, 11 de janeiro de 2015

Eu... domingo... 2015

Hoje é o primeiro domingo de 2015. Eu já tinha falado para mim mesmo que este ano tudo será diferente. Hehehehe! Nada muito original. Enfim, o ano começou e vem cheio de velharias; na verdade, janeiro sempre é assim: é uma espécie de continuação do ano anterior em que todos temos que ir aos poucos acordando e nos dando conta de que o ano passado passou.

Eu mesmo ando às voltas com coisas e coisas. Coisas de meu doutorado, coisas de meu coração, coisas de minha alma. São três áreas que têm se mostrado bastante pesadas em mim, e elas têm pesado muito mesmo. Às vezes acho que as coisas por aqui já deram o que tinham que dar; já, em outros momentos, lembro que ainda não acabou: "it's not over yet", como tem em uma canção que eu adoro...

Ano passado muitas coisas aconteceram. Eu me machuquei feio; eu me vi apaixonado; eu caí fortemente. Lado do coração total fodido. Tentei im concurso legal, passei em todas as fases e nem fui selecionado. Era uma direção a respeito de um futuro que nem eu mesmo sei qual é porque me sinto tão deslocado, algumas vezes. Eu penso se isso tem a ver com minha já terrível solidão.

Já não tenho paciência para as pessoas a meu redor... Enfim, tem vezes que penso em sair daqui e tal, entretanto estou indo rumo aos trinta! Meus amigos já está trabalhando e tal, eu sigo estudando. Não estou - e nem posso estar - reclamando porque é uma etapa por que preciso passar para conseguir uma coisa melhor nessa vida tão louca.

Brasília, sem dúvida, será sempre uma página inesquecível de minha vida. Sinto que cresci de um jeito que não seria possível se houvesse me mantido em Aracaju. No entanto, não sei o quanto de bem esse "crescimento" me trouxe. Hoje sou uma pessoa inconformada com tudo e com todos; sisudo; que internamente luta contra uma aparente vaidade,  a qual, em realidade, mostra-se como uma desculpa para não deixar de querer um mundo de meu jeito.

Estudar discurso me mostrou um mundo sem véus, podre, nojento. Pelo menos, foi isso que mais me marcou. Em Aracaju, eu não tinha uma percepção tão espúria da humanidade. Dizem que isso é ter a tal visão crítica do mundo. Pois bem, agora, nada mais me deixa tranquilo e, com "nada", eu me refiro à tevê. Eu,  definitivamente, não suporto muito tempo ficar olhando para uma fábrica de ilusões tão perversa... Mas não sei se isso é uma coisa ruim, talvez, seja bom sentir isso. Um dia, quem sabe, volto aqui e escrevo sobre televisão.

Enfim, estou terminando de escrever este texto em uma segunda-feira. Ainda no domingo, falei com uma amiga de alma que também passou por uma situação complicada, mas que parece estar se recuperando. É o que mais quero atualmente: recuperar-me disso que não sei precisar o que é.

Agora, são 05h40 da manhã e me levantei para retomar meu texto para a qualificação de meu doutorado. Vou trabalhar!

PaBlO

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