domingo, 25 de novembro de 2007

:(

Meu Deus! Por que as pessoas não podem estar bem? Por que não pode haver união? O texto de hoje é um grito de basta. Não dá pra viver numa sociedade tão perversa como a nossa. As pessoas só pensam em si mesmas e só. Quando têm oportunidade fazem de tudo para ressaltar que somos diferentes e que por isso alguém tem que pagar. Eu sei que não existe a perfeição, não existe o mundo ideal, mas então por que não nos explicam isso logo? Por que a gente tem que aprender da pior forma possível? Por que alguns têm tudo e outros não têm nada? E os que têm pisam nos que não têm e por mais bem intencionados que pareçam é assim. Não há igualdade, nunca vai haver. Meu desejo é de me retirar daqui e não compactuar com toda essa imundície onde tudo é fingido, é ilusão. Quem ri hoje pra você amanhã ou no fim do dia estará chorando ou te depreciando; o que é bonito é algo falso e imposto assim é impossível conceber outros tipos de forma, sem falar nos rótulos cretinos e as análises masoquistas sem fim. É insuportável perceber que a merda está espalhada e você está olhando e falando mal dela, mas no fundo sabendo que é parte do esterco, embora nunca desejando se sujar. "Vou ligar pra você pra gente sair!" e isso nunca vai acontecer até que eu precise de você pra um interesse que no fim é só meu. Um Deus que é representado por um texto escrito por homens e mal interpretado com a única finalidade de causar um sofrimento moldado e disfarçado pelos eternos poderosos de anéis de rubi que sintetizam a sociedade atual: acúmulo de vantagens pra si próprios e pra perpetuação de seu odioso legado. Uns chamam de demônio, outros de capitalistas, eu chamo de você, inclusive olhando pra um espelho. É terrível acordar, abrir os olhos e ter de ser porque há um rolo compressor perseguidor que te obriga a fazer coisas antes que ele passe por cima de você. Este texto está acontecendo porque nada faz sentido pra mim... Agora é bom falar em primeira pessoa porque não me importo mais que isso seja mais do mesmo, que seja a bela palavra "clichê": porque pra mim ser clichê é melhor que ser burro e o que vejo é só gente burra querendo parecer inteligente, querendo ser mais do que o nada que é. Eu odeio tudo isso. Me revolto nesse cenário e não confio em ninguém porque estou em uma caminhada solitária que se inicia e a gente sempre paga um preço por nossas escolhas, eu sei que vou pagar o meu, mas que também vou receber alguma recompensa: Everybody's doing, let's do it too! . Sei que ninguém vai ler isso aqui, e se lerem não vão chegar próximo do que quero transmitir porque até esse texto pode ser algo viciado, mas, como nunca houve virtude e isso só foi coisa concebida pelas cabeças de espertos, filósofos e poderosos (que fizeram o que tinha de ser feito e que por isso são venerados e apossados pelos estúpidos pseudo-intetelectuais), nem vai ser preciso convencer ninguém. E convencer pra quê? Pra ser aceito? Pra ser apontado como "o inteligente" ou "o admirado"? Não. Porque já me dei conta de que tudo isso é vapor de perfume que depois de certo tempo sempre desaparece vindo de um objeto que vai se acabando e no final se tornará um vidro inútil, vazio, o frasco que todos nós somos. A mediocridade é o alvo. É ser a Bela Adormecida e acordar sem beijo, sem amor, só vendo espinhos de dentro de um castelo frio, porém grande e imponente. Acreditar nos sonhos pueris é bobagem porque não há mais espaço pra isso, o mundo é uma fábrica, não pára, solta fumaça, mastiga mãos, corpos, destrói cabeças... Essa indústria é especializada em criar fôrmas pra encaixe de humanóides e os que não cabem se espremem até rasgar partes do corpos ou cortar outras exclusivamente pra estar in. Eu não sou diferente porque, como já disse, sou parte disso, mas de estômago embrulhando, sem gostar da situação, porém graças a Alguém que acredito tenho o dom de escrever e de falar o que quero porque ainda sou "nada" nesse mundo maravilhoso e cheio de oportunidades para todos. Eu não quero ajudar ninguém porque ninguém quer me ajudar, o mundo é mau e se mascara, mas às vezes as boas ações se dão sem intuito e é aí que merecem receber o nome de "boa ação", por isso desconfiar de boas atitudes, rostos eternamente felizes, adoções e viagens e filantropia é o que há. Nada é de graça, nada é por acaso. Nada. Enfim, fiquei triste ao acordar hoje.

domingo, 18 de novembro de 2007

Gimme More

Some months ago I was watching the VMAs and saw a scene that I guess will be remembered as one of the weirdest thing showed this year: the over expected and dazed Britney Spear’s returning. Seeing her presentation I wondered about what we can expect from music and, then, the ones who are straightly affected by it nowadays, that is, teen people. The answer was not easy to find, after all every day new-fresh young people are released and soon a bunch of teenagers will be set to worship them helped by the constant famous teenager partners: Internet and technological gadgets. All those things may not be noticed but bring us to a peculiar scenario where we can think of people and people who influence people.
In the beginning of the 21st century, what we saw was some innocent boys and girls buying CDs and dancing listening to posptars like Christina Aguilera, Eminem, N* Sync, Britney Spears, Linkin Park etc. hypnotized by their nice style and silly romantic or noisy songs. As their audience they had to grow up in order to maintain their money and prestige. Some of them disappeared to seek for new other kind of meaning to keep catching people, but other ones stood on waiting for their labels to make up new crazes, like cool pop songs, to them. Critics had already damned their kind of music and the way they influenced their fans, for instance, with dolls, jewelry, forcing a precocious sensual behavour and the way they had the power to transform young people into real carried away money machines. They got a lot of money teaching boys to be angry, likewise girls how to behave from an innocent student to a hot confused person who didn’t know if she was a girl or a woman.
Critics were almost right: most of them were such a beautiful puppet built to drive some people towards a land of unreal conditions – good to the creator and his creature. The point is that music is not the same, in other words, what really matters is who is playing it, so what we have is factories that make beautiful dolls in a row and throwing them into an ocean that soon will be in thousands of pure glasses all over the world for the people to drink and get addicted. Let me introduce to you the technology mainly represented by Internet, the best friend of everybody who wants to be “crazy-sexy-cool”. We hear deep choruses like “My humps” and “Smack that” and “Promiscuous Girl” for thousand times on radios making big impressions on teenagers mind who believe that what they have to do, as says Mr. 50 Cent, is get rich or die trying if they wish to look like those rappers in their luxurious cars and houses kissing the hottest people.
There was a time when music was up to bad or good feelings off people’s chest in order to share something. Undoubtedly disgusting music were made but it was a little different, today everything is so fast that is almost impossible handle so much information – OK, it sounds like I’m describing our day-by-day. Music is an important part of society, trough young people express what they want to say, and of course that it is very good but unfortunately the ones who could do different are hidden or struggling to break the huge amount of obstacles that grows in front of them meanwhile boys and girls will be downloading music and putting their lyrics in practice around somewhere.
To sum up, it seems we’ll be surrounded by our beloved puppets for a long time. In times of the unavoidable high-technology advent everything must be furiously rapid to work out otherwise it will be discarded, owing to this, entertainment vehicles develop well the character of teacher that shows the machines are extremely welcome, so, “Wind it Up”!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Once upon a time

Se te disse linda é porque sou fraco
Por não ter relutado quando o chão virou lago anil
E meu pés se encharcaram e esqueceram do frio
Cada vez que eu e você éramos abraço

Se te disse inteligente foi por seus olhos
Que de astutos se desviavam dos meus
Só pra me fazer revelar sentimentos crus
Sem medo de serem a você apenas alguns restolhos

Se senti sua falta foi pela desumana abstinência
Da ambrosia que sua presença pra mim sintetizava
Que nenhuma Afrodite nem Minerva imaginava
Sua necessidade pra o vir de uma nova existência

Os anos podem ir-se, porém qual Peri
Estarei fiel ao que me faz voltar a sentir
E cantarei um milhão de cirandas de bailarina
Pra espargir o milagre de observar-te cada dia mais linda

Mesmo que as estrofes e os parágrafos mudem
Ainda haverá um cara que vê figuras em nuvens
Que sairá das fáceis metáforas pra enfrentar gradações
Que culminarão no fim do meu eterno viver de abstrações

Que pelo poder de não virem a acontecer
Coçam, machucam, marcam e me fazem fenecer
Colocando as mãos na cara
Privando de ver-te, que é o Sol, a minha seara

Senti seus raios de dentro de um alçapão
Percebi que não é fácil encarar uma aparição
Voltar a crer em verdes bosques e fadas aladas
Vislumbrados num happily ever after


(Bito)

domingo, 4 de novembro de 2007

Priceless

Às vezes eu penso em algumas coisas que me incomodam. Hoje foi um desses dias. Além do relógio e da Malhação, andei criando antipatia também pelas prateleiras. O motivo é porque elas são a representação da vida nossa de cada dia e, continuando na comparação, nossa atualidade é na verdade um grande Wall Mart. Hoje em dia as pessoas são submetidas a um sem-número de classificações: de certa idade até certa idade você é considerado criança, depois de um tempo adolescente, logo já é adulto, e pronto se é idoso pra no fim virar "corpo". O mais importante é saber onde encaixar-se para a melhor adequação e visualização: você é branco, índio, pardo ou negro? Criança, homem ou mulher? Hetero, homo ou bissexual? Rico, classe, média ou pobre? Apolítico, antenado ou vendido? Roqueiro, pagodeiro ou indie? O que é você no meio dessas tantas prateleiras cheias de produtos embalados e dipostos de modo a ficarem confusos, sem destaque algum? É uma coisa meio(?) enlouquecedora. Muitas pessoas não vivem pensando onde devem se encaixar porque senão quando os consumidores passarem não as encontrarão para efetuar a compra. Quando estudamos biologia, lá no segundo ano, a professora vem falar de um troço chamado "taxonomia", daí nós pensamos sem pensar que este é mais um daqueles nomes como "profilaxia", "Nabucodonosor", "prosopopéia" ou "verbo" que nunca usaremos direito na vida. E aí nos enganamos, como diria nossas mães, redondamente, pois a vida inteira será uma taxonomia infinda onde teremos de nos encaixar pra não correr o risco de ficar na sessão de achados e perdidos - onde ninguém encontra nada. Está bem, é necessário ter um organização em tudo, mas o que está acontecendo com muita gente é que estão viajando em todas essas classificações e fazendo coisas que no fundo são pertencentes à estante em que foram colocadas (ou que se colocaram) igual a seus afins, ou seja, algo não-autêntico, tornando-se assim mais um artigo de produção em massa, feito pra saciar desejos alheios. É confortável fazer parte dessas prateleiras, pois são lugares geralmente cheios, uma vez que são repostos freqüentemente por novas embalagens frescamente confusas, e isso dá uma tremenda segurança quando não se quer saber se seu conteúdo tem alguma utilidade ou não. O importante é ser escolhido, é ser comentado, pseudamente necessário a alguém, mesmo que seja por alguns poucos dias. Tudo isso é um verdadeiro bullshit porque essas atitudes só servem para seccionar as pessoas, deixá-las afastadas umas das outras. É ridículo quando não se pode dizer que gosta de alguma coisa por medo de não ser aceito, de sair da prateleira. É um constante ato de anulamento e todos nós deveríamos pensar o quanto nos distanciamos de pessoas incríveis por termos medo de ser embalagens diferentes das do grupo. Acho que se nos esquecêssemos por um instante desse triste supermercado aproveitaríamos muito mais a vida e não seguiríamos aquele caminho traçado pelos taxônomos para que nos tornemos mais um tipificador, daqueles de sua estante.