quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bad day (i.e., um dia de merda)

Mais um da série "que merda de dia". Hoje, para começar, não fiz porra nenhuma.

A postagem de hoje vai ser tão entediante quanto foi o meu dia. Hoje, recebi um exercício para fazer, olhei para ele e uma mistura de desconhecimento e desânimo me invadiu. E que merda! É só essa matéria maldita do mestrado (das três que peguei) que está me comendo o juízo. A professora chega, dá uma aula que eu não entendo, vai embora e manda a sala ler e fazer uns exercícios especializados (ou seja, que precisam ser discutidos, explicados etc.). Não está interessante e eu me sinto obrigado a entregar atividades, como se fosse no ensino médio, em que você faz disciplinas que não lhe dizem nada, mas tem de fazer para não reprovar: coisa de nota. Um saco! Eu estou puto com essa situação, e mais puto ainda porque não vislumbro possibilidade de reverter isso. O pior é, acho que a disciplina poderia ser apresentada de uma forma interessante (porque é algo, de fato, interessante), mas não está: eu não entendo, não estou gostando, mas sou obrigado a fazer. Tem gente que está sentindo o mesmo e não reclama, que me diz, inclusive, para "tomar cuidado". Eu tenho medo de estar ficando assim também.

Fiquei o dia todo na inércia. A coisa mais produtiva que fiz foi ter ido ao banco transferir dinheiro para uma conta e pegar papéis de cheque. Hoje deveria ser um dia producente, mas acordei tarde porque fui dormir daquele jeito depois de descobrir que tão cedo não terei bolsa de auxílio, that is, vou ter de buscar emprego. Fiquei pensando, "não, talvez seja uma oportunidade de eu deixar esse meu lado de 'menino acomodado' de lado, de correr atrás das minhas próprias coisas", mas o fato é que a porcaria da CAPES e o meu programa de mestrado têm uma política de distribuição de bolsas esquisitíssimo, e que, no frigir dos ovos, vou me lascar com isso. Eu, que poderia estar me dedicando exclusivamente para os estudos, terei que correr feito louco para me empregar porque estou sem bolsa numa cidade de custo de vida alto. Para rematar, descobri que, para um auxílio de moradia no campus (a saber, o passaporte para o fim do assalto a mão armada que é o aluguel em Brasília), sou o 27º de uma lista de 44 pessoas. Terrível isso... Ou seja, a minha quarta foi um cu, e sujo.

A questão é que não dá mais para eu ficar sendo sustentado pela minha mãe e pelo meu pai. Isso acaba comigo. Acho que, talvez, o dia de hoje seja uma amostra do que vem por aí, por isso que ontem estava - depois de saber do lance da bolsa e da moradia -, meio anestesiado, olhando para o lugar odioso (está bem, de um víés cristão, estou exagerando um pouco no adjetivo...) onde estou, pensando se vou ficar mais um ano nele. Não! Eu vou ter que sair dessa. Ai, que meeeeeeeeeeeeeeeerda!

Enfim, amanhã eu nem sei o que vou fazer. Tomara que esse sentimento passe porque está me atrapalhando. O tal do exercício é para ser entregue na próxima quarta e vale nota (gente, que ridículo, eu, na pós-graduação, dizendo isso!!!). Não sei por onde começar. Na verdade, não estou nem um pouco motivado; só que eu sou tão sortudo que quando uma coisa não funciona, atrapalha o conjunto em que estão inseridas outras; resultado: acabo não fazendo nada, engessado em could have been's. E eu, definitivamente, não posso ficar sem fazer nada. Às vezes, dá vontade de mandar tudo se foder, sair por aí e fazer coisas bem, bem loucas, mas quem domina é o sempre bom, bobo e velho Pablo. Ai, ai... 

Nossa! Até escrever está um saco. Que merda de dia!

Estou rezando para que esses benditos dois anos passem logo.

Em homenagem a hoje (pelo menos, para acabar o dia com uma música que me traz boas sensações, apesar de descrever esta quinta-feira perfeitamente):


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