quinta-feira, 5 de maio de 2011

Simples desejo

Ai! Antes que escape, vim aqui escrever.

Já estou chegando ao fim da primeira semana de maio e, a despeito de uns dias não tão bons, esses últimos dois têm sido tranquilos.

Acho interessante registrá-los, pois acho-os tão raros. Na maioria das vezes, estou bem melancólico, sonhando, desapontando-me, sofrendo. Apesar dos agravantes da distância e da solidão, tento enxergar outros lados, mas não sou bem-sucedido: fracasso e me acho um fracasso. Enfrentei umas situações peculiares e familiares recentemente. Acho que voltei desses dias cinzentos e sem vento mais pensativo sobre mim, sobre os outros. Eu estava me sentindo muito mal. Gente, eu não sabia que ia ser desse jeito a caminhada, a Estrada! Talvez as coisas estejam acontecendo e eu as absorvo superlativas, mas o que importa, de fato, é que hoje estou bem.

Recebi dia desses a ligação de uma amiga, que me encheu de luz. A minha Beta. Ela tem sido tão presente, assim como a minha mãe. Elas duas têm sido o meu porto seguro. Penso bastante nelas. Queria tanto retribuir da melhor forma os presentes que me dão. Também tenho uns amigos que dividem as agruras de ser jovem e meio desorientado na vida, buscando rumos, indo e correndo atrás de um lugar seguro. A esses também agradeço a presença e a força.

Hoje, na universidade, consegui fazer as coisas a que me propus ontem: entregar uma documentação importante, fazer parte de uma leitura idem, além de organizar um trabalho. Parece besteira à primeira vista, mas, para mim, são conquistas. Eu acho que não sei administrar muito bem o meu tempo. Não aprendi ainda ou talvez haja muitas coisas mesmo para fazer. Também almocei tão bem. Nossa, um prato delicioso, que encheu a minha barriga. Comi tudo de que gosto. Foi tão bom! Um momento de felicidade. Eu fico tão contente quando não estou me alimentando de porcarias, quando como salada, arroz, feijão. Nossa! Eu quero aproveitar todos esses pequenos momentos, agradecer por eles, senti-los de verdade. As coisas mínimas têm sido tão importantes para mim. Ô, meu Deus! Eu acho que nunca fiquei tão feliz só por ter almoçado. Isso era algo tão prosaico no início do ano passado (hehehe!). Daqui a pouco, irei dormir. Amanhã tenho planos de estudar, assistir a um filme e outras coisas, penso num dia producente. Tomara que dê certo.

Andei conversando com a minha mãe sobre procurar emprego. As coisas não estão fáceis sem bolsa. Os dias vêm se tornando semanas e elas em meses. Já estamos em maio. Como já mencionei, acabo de vir de uma pequena temporada de céu cinzento, nesse regresso, depois de alguns dias doloridos, notei que o tempo passa mas passa tão depressa que, às vezes, avançamos em anos, mas não conseguimos ver nisso um oportunidade para a evolução; resultado: estacionamos em um tempo de infância, no entanto em uma intransigente, egoísta e boba. Machucamo-nos e machucamos as pessoas por defeitos tão nossos. Eu já estou com 25 e não posso esquecer-me disso. Tenho certeza - como constantemente ressalto - de que estou aprendendo nessa jornada da minha vida. Nada é por acaso, e sei que preciso enfrentar muita coisa ainda. Pretendo fazer isso, mas preservando tudo de nobre que há em mim, sem me envergonhar por aquele que sou: sempre contando com a força d'Aquele que me guia.

Enfim, estou me recuperando literalmente: de uma gripe, de uma pancada (que só senti dias depois, vendo o arroxeado que ficou). Sofri, doeu, mas, como diria Chico, "vai passar". Vai.

Hoje, (lembrando a música de Luciana Mello) o dia acabou bem. Graças a Deus!

Um comentário:

mi disse...

fico feliz por saber que você está em paz! me peguei rindo ao saber que você almoçou. quanta poesia no simples fato de almoçar, que nem reparamos porque costumamos diariamente fazê-lo.
estarei sempre aqui/aí torcendo por você, meu bem!
bjO grande!