domingo, 19 de junho de 2011

Copo Vazio

"Agora é hora de alegria! Vamos sorrir e cantar! Do mundo não se leva nada... Vamos sorrir e cantar!"

Hoje é domingo. Ah! Quantos domingos eu ouvi essa cantiga. Eu, Kelly e mainha estávamos sempre, na hora do almoço, assistindo ao "auditório mais feminino do Brasil" vibrando e anunciando a entrada do Silvio Santos. Então, a tradição era ver o "Domingo Legal" e encerrar o dia com as pegadinhas do "Topa Tudo por Dinheiro" - comendo pão-jacó com queijo esquentado e suco de laranja. Bons e velhos tempos, como dizem os saudosistas.

Comecei com essa espécie de flashback para tratar de como, mais uma vez (felizmente mesmo!), sinto-me bem nesse fim de domingo. Hoje tive um dia incrível, com pessoas idem, verdadeiros instrumentos de Luz, que me iluminaram, que me iluminam. Comecei o dia comendo "de verdade", nada de pão integral com queijo coalho - como têm sido os meus cafés-da-manhã cotidianos - ou cereal matinal de flocos de milho com leite; o melhor de tudo, eu não estava sozinho, ou engolindo alimento a fim de poder suportar o dia. Saí com a "minha família" daqui de Brasília. Fomos "tomar café na padaria" (ah! que pena eu não ter lembrado de tirar uma foto) - algo comum para os brasilienses - e, depois, passeamos, conversamos, rimos, vimos pessoas com as suas famílias. Confesso ter ficado meio blue em ver aqueles pequenos com seus pais: pensava numas coisas "aleatórias", contudo logo passou e tive um dia incrível e sadio.

No sábado, tinha ido ao Templo da Terra Pura. Ele é o lugar que está me conquistando por, como mesmo diz o Monge Sato, acolher-me do como sou, do jeito que estou. O dia de ontem não foi de todo uma felicidade. Fiquei meio deprimido porque me senti mal, comi mal, tudo isso numa vibe meio pesada, que, de novo, fez com que eu me questionasse sobre quem eu sou, o que quero, o que de fato estou fazendo aqui.

Já hoje estive em outro clima. Um real e de Luz. Eu estou ralando, mas ganhando consciência do que estou vivendo atualmente numa cidade longe da minha, apartado - por decisão própria - da minha família, daqueles quem conheço, os quais julgam me conhecer. Estar com esses meus amigos (com Jacque, em especial) me faz ver que há uma possibilidade de EU mesmo mudar a minha história, alterar uma realidade que me incomoda e ainda mais: cambiar depende tanto e principalmente de mim. A cada conversação com ela, sinto que palavras mais que comuns são ditas a mim no intuito de me fazer seguir, não parar, de forma alguma. Hoje foi mais um dia para me firmar, para que eu parta para um segundo momento desse meu Caminho que escolhi, mais confiante, mais forte, mais atento. Como diz uma música da Jennifer Hudson - cuja importância para a minha decisão (até aqui) mais ousada é imensa -, "I'm gonna live my life for me (...)/ No more standing in the back of the light".

O domingo de hoje foi um especial. Eu estou feliz por ter noção disso, por sentir cada vez mais uma Força, por mais uma vez constatar de que de nenhum modo estou sozinho. Estou me acostumando, dia após dia, a saber o quanto preciso andar, ao fato de ser diferentemente especial e de ter a possibilidade de viver tudo o que estou vivendo. Acredito tanto na vida. Agradeço por estar vivo, com saúde, andando, enxergando, ouvindo, rindo, chorando, sentindo, observando, até mesmo por estar sofrendo, crescendo. Eu estou me  pondo a serviço do que tiver de ser. Tal qual a caixa de Tic Tac da foto, tenho gostos diferentes. Não estou vazio, tampouco cheio. Ainda não estou completo, porém sigo aberto à novidade, à liberdade. Sinto que me aproximo do que é meu e que, embora sofra, caia e me veja fragilizado e/ou anulado, tudo, tudo mesmo vai ter valido a pena no chegar ao meu Destino: a evolução de ser. 

Preciso de estar atento e buscar sempre, acima de tudo, o equilíbrio: ver além de um Copo Vazio.

"I'm doing this for me" - JH

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