sexta-feira, 1 de junho de 2012

Je suis blasé, mon Dieu?!


E junho chegou. Sim, o meio do ano. Hoje é sexta e, para variar, estou meio estranho. No fundo, eu acho que ando me sentindo assim porque estou em uma rotina. Hoje, caminhando, vinha cantarolando: "Todo dia ela faz tudo sempre igual...". Talvez eu odeie rotinas; talvez eu já esteja acostumado a elas, eu não sei. Eu não sei! Já estou falando nulidades.

O que quero mesmo dizer é que às vezes fico de saco cheio. Saco cheio porque eu sempre espero mais de tudo, e, claro, eu estou incluído nesse "tudo". Eu queria, neste momento, estar em Aracaju, com os meus amigos, pensando sobre coisas do mundo de modo filosófico, depois entrar no meu carro, passear na orla até altas horas e planejar secretamente coisas para fazer com a minha mãe, com meu pai e com a minha irmã; coisas que nos fizessem estar juntos, percebendo o quanto somos abençoados por estarmos unidos e cientes de que nos amamos e nos entendemos por sermos tão parecidos.

Pode soar contraditório porque eu adoro dizer por aí que saí de casa 'para ter uma vida', mas tem momentos em que eu canso dessa brincadeira de 'ter uma vida'. Eu também sou consciente de que isso o descrito acima talvez seja um ideal, mas não tirei isso do nada. Por que essas coisas não poderiam acontecer? Não que elas sejam impossíveis e tal, contudo parecem tão distantes. Além do mais, tem eu com o meu grande problema com o Tempo. Cada dia que passo aqui em Brasília é menos um com a minha mãe, é menos um na minha cidade e, consecutivamente, é mais um em que aprendo a ser blasé com as pessoas -  como em uma espécie de defesa a qual considero ser necessária para seguir nesse mundo super esquisito. Dia desses, li uma reportagem sobre uma dessas personalidade da mídia que havia sido diagnosticada com lúpus. Ela dizia se sentir mal porque sempre se considerou independente dos demais e ao se ver precisando de ajuda para fazer coisas não mais se reconhecia. Isso me atingiu. Estou seguindo nesse caminho perigoso, sinto. É extremamente triste, mas o que fazer quando você dá bom-dia a uma pessoa e ela nem olha para você? ou quando você é quase atropelado na faixa, mesmo sinalizando a intenção de passar? Eu ando muito desconcertado com certas coisas do mundo. Sei que muitos poderão vir com o papo de que nem todos são assim, mas POR QUÊ esses demônios malditos existem? Enfim, é uma longa história, que não poderei contar porque tenho de ir dormir para amanhã cedo estudar.

Acho mesmo que estou cansado, mas quem liga muito para isso, né! Ele, o Tempo - digamos também assim - nem quer saber disso. Eu fico aqui tentando ver um jeito de não ver a sua força, mas é impossível. Logo vêm os prazos. Ah! Eu entrei na academia, para ver se me distraía um pouco... mas isso é outra história. Como já disse, não há mais tanto tempo para falar dessas coisas minhas.

Na semana retrasada, eu soube que uma pessoa que eu gostava e respeitava muito tinha morrido de câncer. E eu nem consegui fazer uma homenagem, um texto, como antigamente, sabe... Fiquei hiper mal porque isso demonstra como anda a minha vida. Parece que sigo no caminho certo para 'ter uma vida', uma minha, que não se importa de mais com os outros. Eu não sou mais nesse tempo que ando vivendo. Que triste, mas tenho que ir dormir.

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