quinta-feira, 15 de julho de 2010

Na corrida...

Acabo de acordar meio tarde, não saí do quarto e aproveitei para assistir a um filme que baixei tem umas semanas. Gostei. Ele é sem diálogos, dá para reparar bastante nos quadros, nas cores, nas expressões, enfim, em coisas que não chamam tanto a atenção, se não forem excepcionalmente belas.

Ainda estou sobre o efeito do meu último poema, bastante pensativo acerca do mundo, questionando muito a mim mesmo, inclusive. Eu acredito que será assim por muito tempo. Estou me sentindo kind of livre: estou prestes a fazer uma "loucura", que não sei bem no que resultará, mas que é muito necessária a mim. Estou fechando algumas coisas, terminando acordos, encerrando mais um ciclo. Às vezes tenho medo de falar sobre, mas decidi que as coisas não devem ser eternamente iguais ou extremamente previsíveis: acabam tornando-se mortais. O tal mundo de que falo tanto não é assim, não se pode crê-lo algo imutável. Eu não conheço muito dele. é uma razão legítima para certa mudança.

Daqui a pouco vou ao médico do trabalho para fazer o exame "demissional"; é mais uma etapa do processo para dizer adeus ao meu emprego atual. Eu acho que já está na hora de mudar: o que tinha de fazer ali (e aprender ali) já está de bom tamanho. Não levo queixas comigo - nada além das que faria a qualquer empresa capitalista -, ou seja, foi um período de relativa calma.

Hoje ainda pretendo ir em busca de uma mala grande e barata. Teve a promoção de uma até ontem no GeBass e, detalhe, perdi! Fiquei chupando dedo. [Vou dar uma olhada no Submarino.com...] Caramba! Tá osso! As malas no site de vendas estão na hora da morte! Vou ter de fazer pechincha pela cidade.

Na terça acabaram as minhas aulas teóricas da autoescola. Graças a Deus! Nunca vi uma turma daquele jeito (digo "turma" referindo-me à maioria, por favor). Para começar tinha um rapaz que adorava chamar atenção a si mesmo. Até aí nada demais - afinal, palhaços encontramos em toda a parte -, mas o que acabou com o meu entusiasmo de estar todos os dias na aula foi ter notado a presença de um fantasma terrível: o das brincadeiras de fundo constrangedor, e racista. Em uma das suas estupidezes, o tal homem fez uma piada infeliz com Luciana Mello: estávamos assistindo a mais um daqueles vídeos educativos sobre trânsito (já havíamos visto alguns anteriores apresentados por Gabriel O Pensador), quando a cantora-apresentadora surgiu com seus cabelos crespos soltos e armados. O cara falou algo, mais ou menos, assim, em voz alta, "se essa mulher fosse lá em casa eu pegava o cabelo dela pra arear as minhas panelas". Eu fiquei muito incomodado com o comentário, mas segurei a indignação para um momento ulterior. Cheguei para ele, no fim da aula, e disse que aquilo não era apropriado, tampouco aconselhável, pois havia pessoas que eram, assim como eu, negras, e que talvez não se sentissem confortáveis com aquelas frases: soltei também que ele poderia ser processado por injúria racial. Pronto. Para quê? Ele ficou dizendo que eu o estava ameaçando; que eu deveria tomar conta da minha vida; que ele era preto também e que gostaria de saber como eu procederia todas as vezes ouvisse brincadeiras daquelas na rua. Enfim, foi um dia que estragou os demais (to be continued...). Mas o que importa é que acabou. Não tenho mais que ver a cara do sujeito e da plateia dele. Agora virão outras aulas. Acima uma foto com a professora Mira, da autoescola. O único bom motivo de acordar tão cedo (hehehe!). Gente fina ela.

Sim, vou acabar aqui a postagem porque não almocei e preciso sair para a consulta. Fui!!!

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