domingo, 6 de março de 2011

Changes

Sexto dia de março. Está cada vez mais próxima a data do retorno. Hoje, ao contrário da última postagem, não é um sentimento triste que me traz aqui. A constante busca por ver outros ângulos das coisas, de não se apegar a sentimentos mesquinhos e, quando estiver diante deles, ter força para encará-los é uma das razões deste texto. De fato, o passado permanece, mas é o presente que se mostra.

Longe de querer ser "evangelizador" ou transmissor de preceitos religiosos (não é comigo isso), constantemente tenho indicações de que sou querido por Deus. No texto anterior, reclamei do fato de alguns amigos não me darem o retorno de afeto que esperava; aquilo havia me deixado muito triste. Agora eu explico o porquê. Eu, apesar de tentar entender que cada um tem a sua vida, as suas obrigações etc., não consigo conceber como as pessoas constroem laços e os deixam afrouxar. Tenho o conceito de amizade baseado no fato de compartilhar, de estar junto, de fazer o que for necessário por aquele de quem se gosta. Um abraço, uma conversa, um encontro - ainda que rápido -, é algo que estreita, sim, ligações. Coisas como o MSN não funcionam muito bem comigo, nesse sentido. Ele é um veículo importante de comunicação, mas não acho que deve se sobrepor à presença, ao real, ao enfrentar dos olhos. À distância, não sei, as coisas parecem muito fáceis, pode-se assumir personagens, fugir, enquanto que quando estamos frente a frente o momento de dividir existe, pois se olha no olho e se aprende a lidar com o constrangimento de se mostrar, de colocar toda a humanidade para o outro. É algo que essas tecnologias de comunicação ainda não alcançaram.

foto meio antiga, mas tá valendo...
Ontem, encontrei amigos que me deram a melhor noite das minhas férias. Primeiro tive contato com sobreviventes da arte: um sarau que em plena época carnavalesca proporcionou uma alternativa suave e doce. Depois, saí com os meus amigos, andamos, rimos, conversamos, fizemos nada mais do que estarmos juntos. O que me faz registrar isso - coisa costumeira entre a gente desde tempos - é o fato de num dia eu reclamar da falta de contato de alguns dos meus amigos e os de ontem, sem que  tivessem lido o que escrevi, terem vindo para me ver, para estar comigo, sem que eu houvesse pedido, algo como o que acredito que a amizade deve ser: espontâneo. Por essa razão fiz menção a Deus, por acreditar que coisas assim só podem vir de algo superior, inexplicável, que me dá força para não me abater e me mostra que nada na vida é de todo estável. 

Assim, faço uma ligação com a figura da postagem anterior para dizer que não estou mais triste, que vou libertar as estrelas, libertar os meus astros, meu amigos. Eu ainda os amo, mesmo tendo ficado desapontado com eles, mas só posso estar com quem quer estar comigo (e falo isso sem a pretensão de fazer drama). É a vida. Tem muita coisa pela frente e eu tenho um projeto. Não posso me encher de coisas pesadas, dificílimas de carregar, pois há todo um Caminho para seguir. 

Agradeço à graúna e ao mon doux enragé por ontem terem dado a mim "um dia para recordar". Foi um presente e tanto. Eu amo muito vocês e sou feliz por poder ter a possibilidade de voltar e dizer que as coisas mudam. Graças a Deus!

2 comentários:

mi disse...

reitero tudo que você falou! foi tudo tão novo e tão docemente saudoso. com certeza Deus, os astros e toda a energia que pode existir de positiva no mundo conspirou para o a nossa inusitada noite(pena que dessa vez sem fotos). uma noite "para recordar".
:*

jonas Urubu disse...

vcs se converteram em parte de mim e por isso cada segundo e so saudade.

e desejaria como o desejo agora, andarmos por ai sem pressa e rirmos um so riso. Foi, Deus nos propiciou uma noite de carnaval levemente dulce.

beijo irmao