quarta-feira, 16 de março de 2011

De volta

Cheguei a Brasília. Acho que estava com tanto sono que nem reparei muito nela. Ah! Sei lá, tem pouco mais de um mês que saí daqui mesmo. Não sei. É engraçado, eu me peguei na seguinte situação: quando estava em Aracaju queria voltar para cá e, uma vez aqui, chorei de saudades da minha casa. 

Eu passei por momentos diversos lá. Minha mãe foi o destaque das minhas férias. Como ela é especial na minha vida! Algumas pessoas da minha família me deixaram um pouco para baixo. Cobranças e comportamentos estranhos que estão me fazendo ter dor de cabeça e chorar até agora. 

Hoje, estive na UnB. Nem dormi nem nada. Tinha que correr atrás de assuntos como bolsas de auxílio e minha orientadora. Soube que ela faria parte de uma banca de defesa de dissertação de mestrado. Eu acredito que acharia a apresentação boa se não estivesse tão cansado: pesquei várias vezes. Aff! Por vergonha, dei o braço a torcer e fui para o lugar em que durmo.

Este é outro "problema" a ser resolvido. Não gosto do lugar onde estou. Tô parecendo aquelas grávidas que enjoam de tudo, até do cheiro do marido. O meu quarto estava uma bagunça completa. Antes de viajar, eu coloquei jornal em cima de tudo pra amenizar na poeirada. Estava relativamente organizado. Quando comecei a retirar os papéis de cima das coisas, xi!, foi feio demais o troço; ficou a visão do inferno de bagunçado. Era jornal pra todo canto e aquela velha poeria no ar. Resultado: nariz coçando e corisando. Saco! Fui almoçar na universidade, depois fui pra tal defesa, e voltei pra "casa". Lavei o rosto e desabei na cama. Isso eram, mais ou menos, uma 17h; acordei às 21h20 morrendo de fome. Lá vou eu pro supermercado. É a rotina vindo à tona.

Olhando-me no espelho, vejo que meu rosto deu uma "arredondadazinha". Acho que engordei alguma coisa. Vou manter isso. Quero me mudar, mas estou meio assustado com a fama de cara da cidade, mas tenho certeza de que vou conseguir um lugar mais adequado pra mim. Enfim, vou dormir porque os olhos estão pesando e amanhã tenho que acordar cedo, voltar a me acostumar. Estou aqui no meu quarto, sem tevê, com o auxílio das minhas músicas no celular, do computador e do rádio pra me distrair. Está bom assim. No que planejo não tem espaço para as bobagens televisivas - hehehe! - e afins. É difícil. Tô estranhando. Deu até vontade de continuar assistindo a "Insensato coração", mas isso foi travessura de férias. Agora é hora de trabalho. Quando me sentir estranho, sozinho ou qualquer coisa enlouquecedora advinda da solidão, virei até aqui pra exorcizar o troço.

Hoje é o primeiro dia da minha vida.     

O sono (1937), Salvador Dali

Nenhum comentário: